NOTA SOBRE AS DECLARAÇÕES DE SILVIO PINHEIRO À IMPRENSA DE SALVADOR

Compartilhamos NOTA SOBRE AS DECLARAÇÕES DE SILVIO PINHEIRO, dirigente da Sucom / Prefeitura de Salvador, À IMPRENSA LOCAL.

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A Articulação dos Movimentos e Comunidades do Centro Antigo de Salvador, Artífices da Ladeira da Conceição da Praia, Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo, Associação de Amigos e Moradores da Chácara Santo Antônio, Movimento Nosso Bairro é 2 de Julho, Movimento dos Sem Teto da Bahia e o Coletivo Rio Vermelho em Ação vêm, por meio deste, informar à imprensa local que repudiamos qualquer tentativa de atribuição de tutela partidária ou institucional a movimentos de trajetórias independentes e que atuam com pauta própria e em defesa dos seus territórios, diariamente atacados pelos poderes federal, estadual e municipal.

Falamos da matéria do Bahia Notícias e do Metro 1 publicadas em 27/10/2015. Informamos, quanto às declarações de Silvio Pinheiro, que os citados movimentos sociais pediram uma questão de ordem para interromper a última audiência pública convocada pela Prefeitura para o debate sobre a Minuta do Plano Diretor, que se alastrava por mais de 8 horas. O Edital de convocação trazia expressamente o horário de término da audiência, 15h. Mas, a prefeitura queria empurrar o PDDU, às custas da fome e do cansaço dos presentes. Na fala do movimento, foi solicitada uma votação simbólica para saber quem concordava com a interrupção da audiência e 90% da plenária levantou a mão. Alheio a isso, Sílvio Pinheiro seguiu a audiência.

A plenária, formada também por estudantes, professores e trabalhadores, rebelou-se com palavras de ordem pedindo mais audiências. Um grupo de 5 ou 6 homens coagiram as pessoas que se manifestaram contra a truculência da prefeitura. O Ministério Público, então, recomendou a interrupção da audiência, ratificando a fala da plenária, que já havia apontado o Edital e horário como questão de ordem. Silvio Pinheiro disse que seguiria, e que não acataria a recomendação, pois “existiam pessoas dispostas a debater”. Aqui, afirmamos que essas pessoas dispostas a debater eram os 5 ou 6 homens citados acima como coatores, dispostos a aplaudir a Mesa ou coagir quem ousasse discordar dela. Os presentes, estudantes, professores, movimentos sociais, se retiraram às 18h30, e a audiência seguiu até às 19h30 com o auditório quase vazio.

Rejeitamos, também, a atribuição da entrega do Troféu à “oposição”. O Troféu Trator de Ouro PDDU 2015 foi um protesto à forma atropeladora, truculenta, como a Prefeitura tem alcançado formalmente a participação social. O troféu foi confeccionado por integrantes dos coletivos acima citados e entregue por Maura Cristina da Silva, integrante do Movimento dos Sem Teto da Bahia, na audiência, a Silvio Pinheiro e Tânia Scofield.

Reafirmamos a nossa independência e, ainda, que este modelo de planejamento urbano não nos representa, pois, trata-se de mais uma, dentre tantas violências, direcionadas à Cidade e ao Povo Negro.

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